Por que trabalhar relaxadamente se nosso Deus é um Deus de excelência? Por que fazer “mais ou menos” se Deus não salva “mais ou menos” o homem; não liberta “mais ou menos”: “Ah, vou te libertar do vicio do cigarro, mas não vou te libertar da bebida, falou?”; não cura “mais ou menos”: “Ah, pra quê você quer ter visão dos dois olhos, só um está muito bom, já dá pra você enxergar e não ser atropelado quando atravessar a rua. Pra quê você quer ouvir dos dois ouvidos, só um já está muito bom, e além do mais, assim você vai ouvir menos as besteiras que o povo anda falando por aí”.
Jesus quando esteve aqui na Terra não fez nada pela metade, pelo contrário, fez tudo com tanta excelência que inspirou a outros a fazerem o mesmo, e coisas ainda maiores, como Ele mesmo disse ( Jo. 14:12 ).
O “mais ou menos” não procede de Deus, é coisa do diabo, ele quer que assimilemos essa idéia corrompida e a apliquemos no serviço a Deus para avacalhar com a decência e a ordem que deve haver na casa de Deus ( I Co. 14:40 ).
Para Deus não há meio termo: ou é sim ou é não. Ou o que se faz é bem feito ou não é ( Mt. 5:37 ).
Se o nosso Deus é um Deus excelente, por que oferecer a Ele um “mais ou menos”?
Nossa obrigação é ofertar a Deus um serviço excelente, algo que nos custe ( II Sam. 24:24 ).
Não estou dizendo com isso que, se você não é excelente no que faz deve deixar de fazê-lo; isso seria ignorância. Deus sabe de nossas capacidades e também das nossas limitações. Ele não nos pede o que não podemos dar, Ele não nos pede o que poderemos ser, mas Ele espera pelo nosso melhor de hoje.
Se Deus tivesse só interessado na excelência em Sua casa, Ele mesmo faria com que os melhores oradores do mundo fossem pastores, os melhores mestres e doutores fossem professores da escola dominical, os melhores músicos fossem ministros de louvor, etc.
É claro, e óbvio, que não é assim que funciona. Deus capacita os chamados ao invés de chamar os capacitados. Ele pode sim chamar uma pessoa já capacitada para a Sua obra, mas isso não é a regra, o contrário que é ( I Co. 1:27-29 / Jo. 15:5 ).
Deus se interessa pelo homem e não pela sua capacidade. Ele quer o seu coração e não o seu talento.
Mas isso não é desculpa para que você diga: “Ah, se Deus se interessa por mim e não pela minha capacidade, quer o meu coração e não o meu talento, então vou trabalhar de qualquer jeito. O “mais ou menos” já está bom”.
Muito pelo contrário: trabalhar na obra de Deus é um privilegio nosso, nem os anjos têm este privilegio. O “ide e pregai o evangelho” foi dado a nós, homens.
Você nunca viu um anjo pregando a palavra num púlpito, viu? E evangelizando? E ministrando louvor na igreja para que através do louvor a Deus vidas fossem transformadas pelo Seu poder? Pois é, se Deus nos deu tão grande privilegio, por que não nos empenhar em fazer o melhor? Por que não buscar o aprimoramento? Por que não desenvolver o talento que Deus nos deu?
E por falar em talento, a bíblia nos alerta com relação a eles: não devemos enterrá-lo ( Mt. 25: 14-30 ).
Isso é uma coisa muito séria: não desenvolver aquilo que Deus nos confiou é desobediência a Ele e também é um atraso para a Sua obra, pois, se não fazemos aquilo que fomos determinados a fazer, Deus, com certeza, vai levantar outro para que o faça em nosso lugar. Porque a obra de Deus não vai parar por nossa causa, só que a nossa atitude negligente vai retardar o andamento da obra.
Por isso, se você está trabalhando na obra de Deus, mas não está se empenhando ou não quer se desenvolver, das duas, uma: ou você está trabalhando de forma errada/por motivos errados ou você não tem o chamado de Deus para estar ali. Alegar qualquer outra coisa é um grande erro, quer ver?
- Preguiça: é pecado ( Pv. 6:6 ).
- Falta de tempo: é mentira, que também é pecado. Se você tem tempo para, digamos, assistir TV ( Novela, Big Brother, Super Nanny, A Grande Família...) ou para ficar na internet (Orkut, MSN...) ou para “jogar conversa fora” com seus amigos e diz que não tem, sequer 30 minutos diário para se aprimorar, é nada mais, nada menos do que uma grande e sonora Mentira.
- Não concordo com a liderança: é porfia ( teima ), sentimento de “eu é que entendo”, o que também é pecado. Lembre-se, você é apenas um servo, a
obra não é sua. Se o que está sendo feito não fere os padrões bíblicos, não discuta, apenas faça. Entenda uma coisa: ter idéias diferentes não é o problema, às vezes até é muito construtivo. O problema é se você discorda, por ter uma opinião diferente, e quer impor a sua brilhante idéia a qualquer custo. Saiba qual é o seu lugar: se você é servo, sirva. Se você é líder, sirva dobrado. A cobrança de Deus é maior sobre o líder do que sobre o liderado ( Lc. 12:42-48 ).
- Os que trabalham comigo estão aquém da minha capacidade: “louvado seja eu e glorificado seja o meu santo nome”, lá vem o egoísmo e pra longe foi o amor. Quem te disse que estar em um grupo em que os demais têm menor capacidade ministerial do que você é vergonhoso ou um fardo? Você já parou para pensar que Deus pode ter posto você aí para que você ajude a capacitar aos demais e, às vezes, até fazer com que eles sejam melhores do que você? Ensinar o que se sabe também é trabalho do bom servo ( Tt. 2:7 ).
Outra área que deve ser desenvolvida, obrigatoriamente, por qualquer cristão é a espiritual.
Não se pode esperar por frutos verdadeiros e duradouros do seu serviço a Deus desenvolvendo e aprimorando apenas a parte técnica, deixando de lado a espiritual ( Jo. 15:5 ).
Todo fruto duradouro é conseguido a partir de um estreito relacionamento com Deus.
Se você só treina, ensaia ou busca a parte técnica de seu ministério, mas não se dedica no relacionamento com Deus, o máximo que irá conseguir é que alguns percebam a sua evolução técnica, que depois de algumas horas, logo será esquecida.
Mas, se junto com a técnica, você busca um verdadeiro e genuíno relacionamento com Deus, de forma com que Ele te capacite mais, te use mais e realize a vontade Dele através de sua vida, com certeza você produzirá frutos duradouros que não só causará impacto, mas que ajudarão a transformar vidas, e as bênçãos de Deus serão sobre você e sobre a igreja ( Jo. 15:16 ).
É você quem decide: quer impressionar ou influenciar?
Servir a Deus de maneira correta não é para qualquer um. Requer interesse, disposição, renúncia às próprias vontades, zelo, investir a própria vida em busca da excelência.
Portanto, se você ainda tem dúvidas do “porquê servir” e do “como servir” é melhor que você para, ore e peça a Deus que lhe dê as respostas para as suas dúvidas e lhe mostre onde e como Ele quer usá-lo.
É melhor que você gaste um tempo, até que você esteja convicto da vontade de Deus para sua vida, que tentar trabalhar com dúvidas, desânimo, desmotivação.
Isso não será de serventia nem para você, nem para a obra de Deus.
Estar no lugar errado só traz pesar e dores.
Estar no centro da vontade de Deus traz bênçãos para você, para as pessoas com quem você trabalha e para todo o corpo de Cristo.
Seja uma bênção!
Guto